Brasil "da raça" vence a Copa das Confederações

Não foi fácil como muitos imaginavam!

O primeiro tempo da final da Copa das Confederações, no estádio Ellis Park em Joanesburgo, foi encerrado com o placar de 2 a 0 para os EUA.

A seleção brasileira cometeu muitos erros de posicionamento e pouca mobilidade ofensiva, na etapa inicial. Pelo lado dos EUA, Dempsey fez o primeiro gol escorando um cruzamento da direita, e Donovan em um belo contra-ataque fez o segundo do time norte-americano.

O título histórico para o futebol dos EUA parecia mais perto, no entanto, o Brasil voltou do intervalo com outra atitude marcando um gol relâmpago aos 45 segundos de jogo com Luís Fabiano. A rapidez com que esse gol brasileiro saiu mudaria a história do jogo.

O time norte-americano sentiu o gol e tomou uma enorme pressão na etapa final, alías o Brasil fez mais três valendo apenas dois. Em um cruzamento da esquerda, de André Santos, Kaká fez gol de cabeça mas o goleiro Howard tirou a bola de dentro do gol, que não foi validado pela arbitragem.

O Brasil não desanimou e com a gana que voltou do intervalo continuou atacando, aos 29, Kaká em ótima jogada pela esquerda cruzou, Robinho acertou o travessão, e no rebote Luís Fabiano marcou e empatou a partida: 2 a 2.

Dez minutos depois, o Brasil chegou à virada. Elano bateu escanteio da direita e Lúcio subiu no segundo pau para testar firme, sem chances para Howard. Depois foi só esperar o apito final e comemorar o terceiro título da Copa das Confederações.

Luis Fabiano conquistou a artilharia da competição com 5 gols e Kaká foi eleito pela FIFA como o melhor jogador.

A emoção do zagueiro Lúcio após fazer o gol da vitória pode ser usada como a imagem dessa nova seleção brasileira. Ao longo desse mês vimos uma equipe aguerrida, com muita vontade de vencer e sem nenhum espaço para vaidades e estrelismos.

Esse foi o principal motivo, alegado pela CBF, para há quase três anos atrás ter convidado Dunga para assumir o comando da seleção canarinho. Assim, podemos dizer que o técnico da seleção vem cumprindo bem seu papel.

Mas por outro lado, a falta de experiência de Dunga pode ser um problema futuro, mesmo com seus bons resultados a frente da seleção podemos perceber as dificuldades do treinador quando precisamos de variações táticas durante a partida, na própria Copa das Confederações constatamos isso nos jogos contra as seleções do Egito, África do Sul e EUA. Ao longo de toda competição não tivemos nehuma variação tática, sempre acabamos os jogos da mesma forma que começamos.

Se não temos um grande conhecedor e estrategista no comando da seleção, temos um líder nato que sempre deu seu máximo para o Brasil e hoje não aceita jogador em seu time que não faça o mesmo. Todos estamos vendo uma seleção de muita raça, a cara de seu comandante, e agora é torcer pra que isso pese muito mais no ano que vem, na Copa da África do Sul, do que estratégias e táticas.