Chopp, memória e futebol: São Cristovão FR

No último fim de semana estive em sampa, sábado a noite no show do Oasis, banda dos irmãos Gallagher, fanáticos torcedores do Manchester City. Grande show de rock mas não é isso que gostaria de destacar aqui nessa oportunidade.

No domingo, depois de levar chuva na cabeça a noite inteira e ver que meu time entraria com seus reservas contra o Internacional desisti de ir ao Pacaembu. Assim, pude conhecer o São Cristovão FR, não estou falando da agremiação esportiva carioca fundada no dia 12 de outubro de 1898... e sim do barzinho homônimo situado na Vila Madalena.

Poderia ser mais um buteco legal com boas porções e chopp gelado, mas sua decoração deixa alucinado qualquer amante de futebol. Cobrindo todas as paredes o cliente tem a sua frente diversas relíquias como a foto do menino Pelé e Lula (técnico do Santos), comemoração dos jogadores na Copa de 1970, Garrincha, Zico, Ronaldo (ex-São Cristovão FR), Afonsinho, Edílson no momento das embaixadinhas na decisão do Paulista de 1999 também aparecem entre as inúmeras fotografias, ainda cobrem as paredes flâmulas de diversos times (como a da Sampdória, Coritiba) e recortes de jornais antigos.

Naquelas paredes nos misturamos ao presente e passado desse esporte, que em nosso país é muito mais que isso, nossa maior manifestação e mais democrática manifestação de arte e cultura. Por isso mesmo, a preservação de sua memória é tão importante e nos permite o contato com a formação do DNA do futebol brasileiro.

Enfim, São Cristovão FR, um ambiente para qualquer apaixonado pelo futebol ficar a vontade! Tenho que agradecer ao Pedro, meu primo emprestado, que me livrou de mais chuva na cabeça e de presenciar uma melancólica derrota dos reservas do Corinthians na estréia do Brasileiro.