quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Torcida em debate!

Vivemos no Brasil ainda na fase pré-histórica no que diz respeito a como promover o jogo de futebol como um grande espetáculo que ele merece.

A questão da violência é o mais grave entre os diversos problemas que tornam o simples hábito de assistir o jogo do seu time de coração uma verdadeira aventura.

Veja abaixo post do Blog do Noriega sobre mais uma ação simplista que vem dando pouco resultado...

O promotor público que vê apenas o que quer ver (*Blog do Nori)

Tenho profundo respeito pelo promotor público Paulo Castilho, de São Paulo. É sério, correto, dedicado e tem as melhores intenções.

No entanto, me reservo o direito de, respeitosamente, discordar de algumas de suas teses e apontar os equívocos de seus argumentos. Castilho é defensor da tese de que a torcida única em clássicos acabará, ou reduzirá drasticamente, a violência nos estádios.

No clássico Corinthians x Santos, no Pacaembu, pela fase classificatória do Paulistão 2009, uma torcida dita organizada foi para o conflito aberto com a PM. Cenas de batalha. Castilho estava no Pacaembu. Viu tudo, e disse que também havia torcedores comuns no tumulto. As imagens de TV e as fotografias são de uma clareza inconteste, chocante. São torcedores uniformizados, algumas mulheres, inclusive, agredindo forças públicas de segurança.

No útlimo clássico entre São Paulo e Corinthians, no Morumbi, o ônibus corintiano foi alvo de pedradas na chegada ao estádio. Cena tristemente comum nas proximidades do estádio, várias delegações foram vítimas. Houve conflitos entre torcedores nas ruas próximas ao Palestra Itália, e recentemente uma briga entre ditos organizados de Corinthians e Vasco terminou com morte e ônibus incendiado. É essa a paz dos 5% de torcida visitante?

Ao que parece, o promotor Castilho acredita que se houver paz dentro dos estádios, o cidadão comum que estiver passando perto deles em dias de jogos e der o azar de se ver em meio a uma briga de guerrilhas uniformizadas que se vire, entregue a Deus.

Não consigo entender essa tese da torcida única. Na Argentina se tentou e houve feridos e até mortes em brigas dentro de uma torcida de um mesmo clube. Hoje o torcedor de bem fica de fora do espetáculo e quem quer briga e morte vai e volta escoltado pela polícia.

Torço pelo sucesso das iniciativas do Ministério Público, mas me permito discordar da tese. Se for aprovada, será uma derrota a mais da civilização, do direito de ir e vir, e mais uma vitória dos baderneiros.

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