sábado, 12 de setembro de 2009

Camp Inglês: O novo City!

* POST DO BLOG DO PVC

O técnico do Arsenal, Arsene Wenger, costuma dizer que gosta de times formados a partir das divisões de base, porque os jogadores se conhecem, passam a conviver e gostar uns dos outros. E que, muitas vezes, quem vem de fora não tem esse espírito.

Não é isso o que faz um time vencedor, mas guerras internas muitas vezes atrapalham a colecionar vitórias. Muitas vezes, guerras escondidas.

Não era fácil ter noção do ódio que Adebayor sentia do Arsenal e de seus antigos colegas. Adebayor nasceu nas divisões de base do Metz, passou pelo Monaco, chegou ao Arsenal aos 22 anos. Durante a semana, disse que tinha problemas de relacionamento com Bendtner e que o Arsenal não tem uma torcida, criticando o comportamento dos fãs que o vaiaram durante parte da temporada passada.

Entrou em campo com fúria para Manchester City x Arsenal, na tarde deste sábado, na Inglaterra. Foi discreto no segundo tempo, mas se transformou no melhor em campo na segunda etapa. Enfileirou zaguieros antes de oferecer um gol a Wright-Phillips -- ele perdeu! -- e marcou de cabeça aproveitando o cruzamento de Wright-Phillips.

Se você não viu a comemoração de seu gol, não perca o Sportscenter.

Adebayor correu 100 metros até o outro lado do campo, com a câmera fechada em seu rosto, que transpirava ódio. Só quando a câmera se abriu, entendeu-se o motivo exato de seu ódio. Estava de joelhos (foto) em frenta aos torcedores do Arsenal que ocupavam o gol atrás de Shay Given.

Adebayor pediu desculpas, mas não apagou a cena mais marcante do sábado.
Adebayor recebeu -- e mereceu -- o cartão amarelo. Há três semanas, o jogo entre Millwall e West Ham deu mostras de que é perigoso mexer com o público, mesmo na Inglaterra. Pode crer que havia torcedores do Arsenal doidos para invadir o campo e dar uma moqueta em Adebayor.
O que surpreende mais é o tamanho do ódio. Não que devesse morrer de amores, mas foi no Arsenal que apareceu seu talento, muito mais discreto nos tempos de Metz e Monaco.

Também surpreende que o Arsenal tenha espaço para um ambiente com tanta animosidade. Talvez explique mais do que a inexperiência por que há quatro anos o clube não conquista título nem de bolinha de gude.

Em campo, viu-se o Manchester City organizado, com um volante -- De Jong -- quatro em linha no meio-de-campo -- Wright-Phillips, Ireland, Barry e Bellamy -- Adebayor na frente. Um time que venceu e mostrou força para, no mínimo, ficar entre os quatro melhores da Premier League.

Você acha que Adebayor estava certo ao comemorar o gol como fez, diante da torcida do Arsenal?

Fonte: http://espnbrasil.terra.com.br/pauloviniciuscoelho

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